Nosso município está inserido no contexto global, sendo gerador de fluxos que nos conectam ao mundo. Estamos inseridos na economia global, na cadeia produtiva do petróleo e, mais recentemente, na indústria automobilística e na novíssima indústria geradora de equipamentos para produção de energia eólica, além de recebermos turistas que visitam nosso lindo litoral o ano inteiro.
No entanto, além dos benefícios econômicos e tecnológicos vieram também vetores e novas doenças que antes só atingiam a população local, mas agora conseguiram se espalhar por regiões tropicais de todo o mundo.
Para diminuir os efeitos negativos da globalização, como as doenças, e com o sentimento de repensar nossas atitudes diárias, se importar com os outros, buscar um bem comum, foi o que nos motivou no dia 31 de julho de 2015, quando professores, alunos e colaboradores do Colégio Estadual de Monte Gordo (CEMG), saíram das salas de aulas do prédio do colégio para uma bem maior, as ruas do Distrito de Camçari, onde nesta sexta feira foram realizadas duas caminhadas, uma pela manhã até o largo do Corujão e outra pela tarde até o Loteamento São Bento, onde cerca de 500 alunos com cartazes, faixas e panfletos levaram mensagens de conscientização e maneiras de prevenção contra a proliferação do mosquito aedes (do latim, odioso) aegypti (do grego, do Egito), vetor de inúmeras doenças como a Zika Vírus, Chikungunya, Febre Amarela e Dengue.
Esta é a nossa realidade atual, não há como se esconder e fingir que o problema não é nosso, devemos sim cobrar das autoridades nas três esferas de poder, mas devemos também nos apropriar do que nos pertence, não no sentido de sermos proprietários, mas no sentido da urbanidade, da cidadania e de cuidar do público como se cuida da nossa casa.
Por Davidson Lima Costa - Geógrafo/UFBA
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